Refinanciamento – Sabe como funciona?

Um Refinanciamento de dívidas pode ser a solução para você, veja:

Para quem é dono de um imóvel ou de um veículo, a forma mais barata de tomar um empréstimo para pagar outras dívidas com juros mais altos, investir em um negócio próprio, fazer um curso, viajar ou realizar um sonho qualquer é dar um desses dois bens como garantia de outro empréstimo com taxas bem abaixo da média do mercado. O chamado “refinanciamento” – também conhecido por hipoteca reversa, “home equity” ou crédito pessoal com garantia de um bem – é uma modalidade de crédito pessoal nova no Brasil e muito pouco divulgada pelos bancos. Ainda que desconhecida, essa modalidade de crédito é muito interessante para o cliente, que pode ter acesso a empréstimos com juros a partir de 1,05% ao mês + correção pelo IGP-M no refinanciamento do imóvel e de 1,90% + correção pelo IGP-M no refinanciamento do veículo. As taxas são bem mais atraentes do que as das modalidades de crédito mais populares entre os brasileiros.

Pagar menos juros é importante, mas o cliente bancário precisa entender que há um preço por essa vantagem financeira. O banco só vai liberar esse financiamento com juros bem mais baixos porque a casa ou o carro estão sendo dados em garantia. Isso significa que, caso a pessoa deixe de pagar a dívida, as implicações serão muito maiores do que a simples inclusão do nome do devedor em um cadastro de inadimplentes: a casa ou o carro serão rapidamente retomados pelo banco e leiloados para o pagamento do saldo devedor. Somente o dinheiro que sobrar após a quitação do financiamento voltará para o bolso do antigo dono do veículo ou do imóvel. Uma pessoa que já está endividada, portanto, deve priorizar o pagamento dos débitos antigos ao contratar o financiamento e limpar seu nome na praça. Caso decida usar o dinheiro para abrir um negócio ou gastar de outras formas, talvez seja necessário mudar os hábitos de forma a reduzir as despesas futuras e equilibrar as próprias finanças para não correr o risco de perder a casa ou o carro – como aconteceu com muitos americanos na crise do subprime.

O refinanciamento é especialmente interessante para quem está muito endividado com linhas de empréstimos caras ou com o nome sujo – essas pessoas são a maioria entre os que contratam o produto. Quem quer abrir o próprio negócio, investir em algo com uma taxa de retorno superior ao do custo do empréstimo, fazer um curso no exterior, viajar ou realizar qualquer outro sonho e não consegue um financiamento mais barato no banco também pode considerar o refinanciamento como uma excelente opção.

Já pessoas que estão ultraendividadas e que nem com o refinanciamento vão conseguir equilibrar suas contas não deveriam usá-lo. Por ultraendividado, entenda-se, por exemplo, uma pessoa que tenha uma dívida que supera 50% do valor do imóvel e poderá continuar com uma situação financeira difícil mesmo que faça o refinanciamento. É importante entender que, nessa operação, o imóvel ou o veículo são alienados em nome do banco credor. Isso quer dizer que, após 90 dias de inadimplência no pagamento das parcelas do novo empréstimo, rapidamente o banco poderá retomar os bens, que serão leiloados para pagar a dívida. Se o preço do bem alcançado em leilão ficar abaixo de seu valor de mercado, o devedor, além de perder o bem, ficará com o prejuízo. Também é preciso entender que, quando um imóvel é alienado ao banco, ele deixa de ser propriedade exclusiva do tomador do crédito – e, portanto, deixa de ser impenhorável. A legislação brasileira vai favorecer o banco, que conseguirá executar as garantias da dívida de forma rápida e pouco burocrática. Então, para alguém ultraendividado, provavelmente o melhor conselho seja o de vender a casa ou o carro, abater os débitos e recomeçar a vida financeira.

fonte: Infomoney
 

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